domingo, 25 de janeiro de 2009

Pôr-do-sol na Barra de São Miguel, 25/01/09

E é como se nunca nada tivesse feito mal, nem levado nada que sempre foi bom. É tudo tão meu, tão "sempreexistiu,nuncafoiembora". Sensação de aqui é o meu lugar, de alguma coisa querendo sempre transpor em palavras tudo que pula e grita aqui no lado de dentro. Gritam e pulam de felicidade, de contentamento, de orgulho de merecer cada olhar que transborda um amor totalmente explícito pra quem quer que veja. O que será aque há além de tudo isso? De todo esse mundo que estamos vivendo? Porque eu não enxergo nada além. Nada além.

Larissa Fontes

terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Será como andar por entre vocês,
sentindo tudo que dizem em forma de perfume;
Deitar ao lado, apenas fechar os olhos
e pensar alto e forte em alguém.
Sentir vindo junto com esse perfume
um amor que só exale verdade
e um olhar único, que passe certeza.
Pra depois vir o abraço,
único
que se encaixe como nada mais no mundo;
Mãos que se entrelaçam
e mais que isso:
se amam.



Larissa Fontes

Flores em Gramado, Dezembro de 2008

domingo, 18 de janeiro de 2009

O amor por entre o verde


"E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca a tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas."

Vinícius de Moraes


domingo, 11 de janeiro de 2009

preta e a chuva

"Será que hoje vai chover? Você tem medo da chuva, menina? Mas por quê? É por causa daqueles barulhos que de vez em quando vem acompanhando ela? Não se assuste, preta. É porque você nunca olhou, mas na maioria das vezes, vem também uma claridão tão forte e bonita. Eu acho que esse barulho é de tão forte que é a luz que vai descendo do céu, sabia?

Olha! Ta ouvindo? Acho que começou a chover...

Vamo na janela olhar, vamo? Eu pego na sua mão. Te acalento... posso cantar pra você dormir também. É tão bom dormir com o barulhinho da chuva batendo na janela. Eu sempre deito encostado na janela, fico vendo os pingos se encontrando, se fazendo um só e descendo como se tivesse dançando. É bonito, preta.

Um dia eu já senti uma tristezinha com a chuva. Ela tem mesmo alguma coisa de um pouco triste, né? Lembra uma pessoa chorando. Será que chove toda vez que alguém que a gente ama vai embora? Será que chove toda vez que alguém se separa de outro alguém quando ainda existe amor? Será que chove de tanta tristeza? Ou mesmo de muita felicidade? Quando duas pessoas se beijam com muito amor? Quando se vê quem se ama voltar? Ou mesmo quando uma criança sorri, dá um gritinho de felicidade? Eeeita! Hahaha, assim nunca ia parar de chover, né?

Vamo, vamo lá na janela. Isso, vê como é bonito, preta."

(Pega a mão dela, dá um beijo e só segura... um sorriso brota no rosto dela. E a chuva lá fora canta, canta.)


Larissa Fontes

sábado, 10 de janeiro de 2009

Ladeirinha


"Aquela ladeirinha era dela. Aquela janela era minha. Todo finzinho de tarde, eu vinha quase sonhando com aquele momento, me debruçava na janela e nem esperava muito, lá vinha ela. Linda, quase sempre de vermelho. Podia vir de preto, de amarelo, verde, azul. Era linda de qualquer jeito."

Larissa Fontes



"Quase a noitinha ela desce a ladeirinha que faz lado com o meu quintal.."
(Djavan)

domingo, 4 de janeiro de 2009



E quando eu olho uma foto tua, parece que você me olha e aí...



...sinto aquele negocio.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

?


Você é assim, você vem e você chega. Eu sei de tudo, quase tudo, e o que me dói é o que não sei mais. Não é saudade, não é carência, não é qualquer sentimento que sinta falta; não é simples, também não vejo nada do que tem você, ser simples. Sempre cuidadoso, sempre aquele você. Sempre diferente, se tratando de. Tanta coisa a rondar, um misto de tantas coisas juntas, que a vontade é jogar todas fora. Tô começando a deixar os dedos tomarem vida própria. Que se faça uma ligação direta entre coração-cabeça-dedos, e que escrevam! Escrevam, pois é disso que os sentimentos precisam, pois é assim que eles se acalmam, ao se ler posto pra fora. Tentando se organizar, se confudem mais e fica difícil a vontade sequer de entendê-los. Entender-te, entender-me.. Seus olhos as vezes são aqueles meus ainda, outras vezes não. O coração é o mesmo, aquele mesmo meu de sempre, embora fantasiado e vestido de mágoa, de raiva, de sentimento ruim... O tempo é que é meu. Mentira! Nunca foi. Ele nem é meu amigo. É raro o momento de afinidade com ele. Ainda falo do tempo. Isso aqui tá ficando Clarice. Que fique, que fique. Eu sou Clarice. Sou Vinícius. Sou Caio. Sou eu. Eu misturada em todos aqueles que me fazem sentir palavras que eu gostaria de ter escrito. Que me fazem conhecer-me. Conhecer eles próprios. Sinto que conheço cada um, tenho uma relação com cada um deles. Uma relação de amor. Um caso de amor. É isso que estou fazendo dessa minha noite vazia. Escrever. Fazendo isso virar um refúgio, escrevendo pra fugir mesmo. Será que depois quando ler, tudo fica mais claro? Mais fácil pra eu mesma digerir. Eu não acredito em nada do que você diz. Leia isso no meio de tanta coisa que não é pra você. Leia e vai entender. Pq a semente da dúvida já foi plantada e foi você mesmo quem o fez. Plantou e deixou que crescesse. Até regou, deu sol e deu sombra quando precisou. E ela cresceu. Não quero entender nada, muita coisa aqui nem é pra você, nesse texto aqui mesmo. Não sei nem como foi que comecei isso aqui. Só a partir de alguma linha, a ligação coração-cabeça-dedos acabou de sintonizar com você. Então é isso. Não entendo música, não entendo música, nem luz, nem defino amor, se você quer saber. Sei de todas as minhas sensações, sei de tudo que senti, o que não sei é o que vem por aí. Tudo é tão errático quanto a gente faz. Se tudo for feito com um propósito, ou talvez nem propósito seja a palavra certa, digamos que com um único objetivo. Ainda não sei se se encaixa aqui. Mas enfim, se tudo for feito com o único objetivo de tocar alguém. Tocar de um jeito que era o teu, ainda. Aquele jeito que me mostrou ser. Acho que prefiro aquele jeito. Mesmo que não seja esse o seu jeito de verdade. Não quero estrutura de poesia pra falar em desabafo. Não quero que nada do que eu sinta seja ou tenha mágoa. Ou dúvida. Que saia de mim! Tem muita coisa pior do que a dúvida, mas ela é judiadora, poxa vida. Não quero ser poética ao dizer que você não é quem eu pensei. Mas que vai continuar sendo, pois eu sei fantasiar. Fantasiar. E não viver uma fantasia. Viver à base disso, não! Então que continue com essa luz, que não tem como ser fantasia. Você se veste nela, é a sua vestimenta, sua cápsula, é de luz que você é envolto. Que essa luz nunca se apague, como falhou pra mim. A porta está entreaberta, mesmo que nela não entre mais luz. Só isso que se dirige a você. Cabe entender ou não. Mas sei que vai. Não ligo de ser sincera, não agora, pense o que quiser, pq eu penso o que eu quero e isso é inconstante e me faz incapaz de impedir. Que vontade de apagar isso tudo, dá. Mas engulo e vai pro lado de dentro.

Não mais ou menos


Queimando alguma coisa aqui. Daquelas sensações que quando me vêm, eu paro e tento sentir mais. Mesmo que ruim, mesmo que acompanhada de um mal estar, de uma tontura, sabe? Pq eu não sei. Olha, eu não sei mais o que falar e nem quero mais. Não quero muita coisa. Quero menos. Quero mais ou menos. NÃO!