domingo, 26 de outubro de 2008

Silêncio que fala


Amo-te assim, amiúde
ocultando cada detalhe
para proteger-te de todo olhar.

Tateando, como no escuro
cada pensamento teu no meu,
para que de muito amor,
possam emergir e transbordar de ti,
como mar que não se contenta
e vem através de suas ondas tocar-lhe os pés.

Meus loucos desvarios,
voam lentamente até onde estás,
e chego a tocar teu rosto com uma feroz calma
irreconhecível.

Me mete medo essa coisa que vem de ti,
tranformando-se em ânsia de conhecer-te
ousando sentir cada silêncio e cada distância
que me trás de volta a mim.

Larissa Fontes

Nenhum comentário: